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Descumprimento de Medida Protetiva: Consequências e Defesa

O descumprimento de medida protetiva é um tema crítico no Direito Criminal. Entender suas implicações é essencial para evitar sérias consequências legais. Medidas protetivas são ordens judiciais destinadas a proteger vítimas de violência, muitas vezes em casos de violência doméstica. Ignorá-las intencionalmente ou acidentalmente pode resultar em complicações legais severas.

 

O que caracteriza o descumprimento

O descumprimento de uma medida protetiva ocorre quando um indivíduo, notificado pela justiça, desobedece às ordens impostas para proteger a integridade física e psicológica da vítima. Essas medidas são determinadas por um juiz e podem incluir ordens de afastamento, proibição de contato e restrição de acesso a determinados locais.

Desobediência

É quando o indivíduo continua assediando, ameaçando ou se aproximando da vítima, contrariando a ordem judicial. Além disso, pode ocorrer quando o agressor tenta contato através de terceiros ou por meios indiretos, como redes sociais ou mensagens. É essencial compreender as especificidades dessas ordens judiciais para evitar atitudes que possam configurar violação.

Como as autoridades tratam o descumprimento

Quando o descumprimento de uma medida protetiva é identificado, as autoridades adotam uma série de ações rigorosas para garantir a segurança da vítima e a devida aplicação da lei. Inicialmente, a polícia pode ser acionada para intervir diretamente, garantindo a proteção imediata da vítima. Em muitos casos, o infrator pode ser preso em flagrante, especialmente se o descumprimento envolver um risco de violência iminente.

Além disso, o delegado de polícia responsável pelo caso tem a obrigação de comunicar o ocorrido ao juiz competente, que poderá revisar as condições da medida protetiva e determinar sanções mais severas ao infrator. Esta revisão pode incluir o aumento das restrições impostas ou, em casos extremos, a decretação da prisão preventiva do infrator.

Em situações onde ocorrem reincidências, ou se o descumprimento colocava a vida da vítima em risco, as consequências jurídicas podem ser ainda mais graves, envolvendo até mesmo processos criminais por desobediência ou outros crimes relacionados à violência doméstica. Autoridades judiciais e policiais trabalham de forma integrada e contínua para monitorar e garantir que as medidas protetivas sejam cumpridas, visando minimizar qualquer possibilidade de novos descumprimentos e proteger a integridade das vítimas.

Estratégias de defesa se acusado de descumprir a medida

Quando alguém é acusado de descumprir uma medida protetiva, é fundamental que a defesa comece a agir imediatamente. O advogado deve reunir todas as evidências possíveis que demonstrem que o acusado não violou a ordem propositalmente ou que houve um mal-entendido. Testemunhas, mensagens de texto, e-mails e vídeos podem servir como provas importantes.

Documentar todos os detalhes do evento em questão é crucial. Isso inclui datas, horários e a sequência de eventos. Quanto mais detalhadas as informações, melhor será para contrapor as alegações da acusação.

Outra estratégia é questionar a validade da medida protetiva. O advogado pode verificar se a medida foi expedida corretamente, se a pessoa foi devidamente notificada e se há qualquer irregularidade processual que possa anular ou reduzir a gravidade da acusação.

Em alguns casos, pode ser alegado que o descumprimento foi acidental ou involuntário. Por exemplo, o acusado pode ter cruzado com a vítima em um local público sem intenção, ou pode não ter compreendido completamente os termos da medida protetiva. Nesses casos, é importante demonstrar que o acusado tomou todas as precauções razoáveis para evitar o contato.

Por fim, é essencial que o acusado siga todas as orientações legais e judiciais durante o processo. Demonstrar boa fé e cooperação com as autoridades pode influenciar positivamente o julgamento e reduzir as possíveis penalidades.

Como evitar descumprimentos acidentais

Para evitar o descumprimento acidental de uma medida protetiva, é crucial compreender todas as obrigações e proibições impostas pela ordem judicial. Leia atentamente os detalhes da medida e, se necessário, consulte um advogado especializado em direito criminal para esclarecer qualquer dúvida.

Manter documentação organizada e registrada de todas as ações tomadas para cumprir a medida é essencial. Isso pode incluir trocas de mensagens, registros de chamadas ou qualquer outra comunicação relevante com a parte envolvida.

Além disso, evitar situações e locais onde as chances de encontrar a outra parte são altas pode ajudar significativamente. Se existem locais, eventos ou pessoas em comum, procure alternativas para reduzi-los ao mínimo.

Em casos onde há filhos ou outras responsabilidades compartilhadas que poderiam levar a um encontro, é importante estabelecer formas claras e seguras de comunicação. Isso pode incluir a utilização de terceiros neutros para a troca de informações ou de aplicativos específicos que registram todas as interações.

Verifique regularmente as condições da medida protetiva, pois elas podem ser alteradas pelo juiz a qualquer momento. E lembre-se, sempre que tiver dúvida sobre alguma ação ou atitude que possa comprometer o cumprimento da medida, opte por consultar seu advogado antes de agir.

Se você deseja mais informações sobre a Defesa do Homem em processos criminais que apuram violência doméstica e Lei Maria da Penha, entre em contato agora com a nossa equipe de especialistas através do botão de WhatsApp que está na sua tela.

Vinícius Vieira
Advogado criminalista especialista na defesa do homem acusado de violência doméstica

Vinicius Vieira

Advogado Criminalista

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